terça-feira, 30 de novembro de 2010

Avaliação

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
FACULDADE DE ARTES VISUAIS
LICENCIATURA EM ARTES VISUAIS – EAD

Pólo: São Simão
Disciplina: Estágio Supervisionado III
Acadêmica: Sônia Aparecida da Silva
Professora: Reijane

Avaliação – Vivência no Estágio 3

Na perspectiva conhecer melhor a minha cidade, especificamente no que se refere ao contexto artístico, lancei-me na aventura de tornar estranho o familiar e encontrar a minha porta de entrada.
E neste confronto entre o familiar e o estranho percebi a existência de bons trabalhos ainda não vistos, pois deixei levar-me pela aventura da descoberta de novas possibilidades e busquei estabelecer novos diálogos com a produção artística local sem me preocupar tanto com o percurso estabelecido para o Estágio.
Com essa atitude tomei conhecimento de outros artistas, amplie meu campo de visão e compreensão e fui capaz de vivenciar outras experiências estéticas, que sem dúvida, foram fundamentais para a construção de um novo percurso.
Por meio das entrevistas e conversas consegui informações pertinentes que me fizeram chegar aos seguintes artistas: Maria Auxiliadora Brito Oliveira; Leila Maria da Silva; Genival Nascimento Alves; Ducesar Ferreira de Freitas; Francisco Roberto Cabral; Christhiane Chaves Souza; Genercy Maria da Costa Moraes; Mauro Silva; Maria Francisca de Souza; Mariana Marcelino Dias; Nara Sacardo. De fato, todos eles são criativos e desenvolvem trabalhos interessantes e significativos, porém optei pela minha colega Genercy por ter a maior trajetória profissional dedicada a arte, pois além de possuir uma Escola que oferece cursos de pintura e desenho realizou ao longo de sua carreira treze mostras de artes e ganhou sua primeira medalha de ouro pelos trabalhos artísticos em 1976.
Para fazer a etnografia da porta realizei várias visitas, entrevistei a Genercy, conversei com os monitores de Arte no Maternal e Arte para crianças Eliane e Andressa, de Desenho André e Pintura em Tela Lívia e também com os cursistas, analisei o portfólio da Genercy e o Projeto da Escola de Artes Gené Atelier. Assim, pude conhecer um pouco mais sobre a infraestrutura, organização e funcionamento, a saber: localiza-se na Rua Herculano Costa nº 58 – Centro, na cidade de Quirinópolis – Goiás. No entanto, funciona desde agosto de 1998. É de propriedade de Genercy Maria da Costa Moraes, artista plástica autodidata, conhecida como Gené.
O principal objetivo da Escola de Artes Gené Atelier é oferecer cursos nas áreas de desenho e pintura para crianças, adolescentes e adultos. Porém para as crianças do maternal (de 3 a 5 anos) são programadas atividades artísticas diferenciadas conforme a capacidade da turma.
A Escola de Artes Gené Atelier é frequentada por crianças de 3 a 11 anos, adolescentes de 12 a 17 anos e adultos de 40 até 50 anos, são pessoas da classe média e média baixa.
No que diz respeito a estrutura física são 308m² de área construída da seguinte forma:
 alpendre;
 uma sala que é usada como recepção, equipada com móveis decorativos onde se encontra uma pequena exposição permanente;
 uma sala pequena, usada como secretaria e banheiro anexo;
 uma sala com mesa redonda grande com cadeiras e cavaletes de mesa para a execução do trabalho com crianças, com turma limitada de 05 alunos, possuindo ainda, neste espaço ventilador de parede e banheiro anexo;
 uma sala equipada com mini-pranchetas e banquetinhas, além de outros móveis necessários para a execução do trabalho com crianças de arte no maternal; banheiro anexo com sanitários de tamanho infantil e jardim de inverno, com turmas limitadas de 05 crianças. Neste local dispõe-se também de ventilador de parede;
 uma sala de aula ampla para desenho, equipada com pranchetas individuais para turma de 06 alunos, banquetas e outros móveis. Para melhor funcionamento da mesma possui ar condicionado e ventiladores de teto;
 uma varanda, espaço para execução de aulas de pintura devidamente arejado com ventiladores de teto, equipada com cavaletes, cadeiras e mesinhas auxiliares individuais para a colocação do material durante a execução do trabalho, para a turma de 06 ou mais alunos, e outros móveis necessários para a assistência adequada;
 uma pequena área com tanque para limpeza do material;
 uma saleta para guardar o material dos alunos de pintura, com prateleiras para a colocação de telas e estojos;
 um espaço antes da garagem, equipado para armazenagem de telas de grande porte;
 possui ainda uma área livre de 392m² (a disposição para futuros projetos)..
Os cursos oferecidos são:
Arte no maternal - 3 a 5 anos
Arte para crianças – 6 a 9 anos
Desenho básico
Desenho figura humana
Desenho perspectiva linear
Pintura em tela.
No que tange a elaboração da proposta de intervenção pedagógica foi uma atividade complexa e prazerosa, pois fez-se necessário muitas reflexões e pesquisas para fazer a fundamentação teórica em consonância com os artistas estudados nos Ateliê de Arte e Tecnologia II: Diálogos Intermidiáticos e Ateliê de Poéticas Visuais Contemporânea e o texto Cidades Educadoras.
Ao elaborar o projeto tinha a intenção de desenvolvê-lo num espaço público e por meio do diálogo realizado com os feirantes cheguei a conclusão de que a Feira Coberta seria o local ideal, visto que apresenta uma diversidade social, econômica, cultural e artística e, é um espaço amplo de circulação de pessoas. Porém ainda faltava definir a proposta, foi quando surgiu a ideia do título “Pinceladas Artísticas”, assim redigi o mesmo em cima desta temática.
É pertinente salientar que depois do projeto ser avaliado pelos Professores: Reijane e Rafael, fiz algumas alterações, pois a proposta inicial era trabalhar imagens figurativas e abstratas, no entanto, eles sugeriram retirar o figurativo, pois uma tela riscada iria tolher a liberdade criadora e também não seria bom expor obras da artista para não servir de referência e intimidar os participantes.
Desta forma, decidi fazer um documentário sobre a vida e obra da Genercy para expor no final com o intuito de valorizar e divulgar junto a comunidade o seu trabalho.
Com relação a discussão nos fóruns acerca da proposta com os formadores e tutores foi ótima, visto que constituiu num momento profícuo de esclarecimento de dúvidas e orientações a respeito das adequações necessárias de cada etapa do projeto.
Com relação à realização da proposta, cabe pontuar que foi gratificante e os resultados satisfatórios, não digo que foi excelente, uma vez que durante a execução houve alguns imprevistos. Primeiramente houve um atraso de 15 minutos para organização das caixas de som e microfone, apesar de ter levantado às 5h e 30min e estar no local antes das 7h não foi possível pegar o equipamento porque a pessoa responsável não encontrava-se no local. Assim a abertura ocorreu às 8h e 15min.
Outro obstáculo foi durante a execução do documentário “Vida e obra de Genercy Maria da Costa Moraes, pois o cabo do áudio apresentou problemas, por este motivo peguei o microfone e fiz a narração. Como sabia o que representava cada imagem consegui fazer corretamente.
Os pontos positivos observados foram: o envolvimento da comunidade na pintura das telas, pois crianças jovens e adultos participaram com muito entusiasmo, algumas famílias pintaram coletivamente a mesma tela. No início expliquei quais eram os objetivos do projeto e deixei bem claro que tratava-se de pinturas subjetivas que não precisavam fazer figuras imitando a realidade, mesmo assim notei a preferência pelo desenho de flores, corações, arco-íris, do Sol e outras imagens, não houve interferência na escolha, os participantes ficaram livres para expressarem toda a sua sensibilidade, na minha concepção esta liberdade foi fator extremamente positivo.
De fato, até mesmo as pessoas que estavam receosas que observavam de longe por não se considerarem capazes de pintar, venceram a timidez e conseguiram deixar nas telas suas marcas e impressões.
Os objetivos previstos foram atingidos, pois o projeto possibilitou a ampliação do imaginário; a descoberta por parte dos participantes do potencial artístico latente, visto que foram capazes de produzir doze telas com composições belíssimas e autênticas manuseando tintas e pincéis sem formação específica.
Não esperava que o projeto tivesse uma repercussão tão grande, pessoas que eu nem cheguei a ver no espaço da feira vieram me parabenizar pela iniciativa e comentar sobre o projeto. Fizeram muitos elogios e mesmo não tendo participado no processo da pintura das telas compreenderam o objetivo do projeto e o que estava acontecendo.
A Emissora Sul Goiana deu total apoio, pois me concedeu um espaço para fazer a divulgação do projeto. O radialista Soter participou durante a execução do projeto e no dia 22/11/2010 apresentou no seu Programa “Fatorama” as entrevistas realizadas e todo o resultado do mesmo.
É pertinente salientar que o êxito do projeto dependeu significativamente da colaboração das seguintes pessoas: Genercy Maria da Costa Moraes que coordenou o processo de pintura com o apoio da Lívia, André e Eliane; os músicos e Maestro da Banda 22 de Janeiro, Andreia Cristina que fez a inscrição dos participantes para a realização do sorteio das telas, Maria Conceição que se responsabilizou pelo data show, Gerôncio Mota que instalou o sistema de som e Divino Mesquita que nos auxiliou no transporte dos equipamentos.
Em suma as falhas tornaram-se pequenas diante do sucesso do projeto, a grande maioria nem sentiu a falta do áudio durante a exibição do documentário e também não constatou o atraso de 15 minutos, pois o Maestro Flávio Siqueira Mendes executou algumas músicas para atrair e distrair as pessoas enquanto o som era instalado.
Essa experiência fez com que eu percebesse que apesar de um rigoroso planejamento, alguns imprevistos acontecem, pois todos os seres humanos são passíveis de falhas, principalmente quando faz uso dos recursos tecnológicos que foram emprestados por terceiros e não foram devidamente testados por pertencer a diferentes órgãos.
A vida de fato é um constante aprendizado, portanto requer tolerância, ousadia e iniciativa, por isso diante dos obstáculos não esmoreci, tentei com afinco solucionar o problema e quando não foi possível fiz uso de alternativas. Assim concluo que fui capaz de administrar os desafios, planejar e executar o projeto da melhor forma possível.
Notei que a participação da comunidade foi maior porque a atividade ocorreu num espaço não convencional, isto é, o ateliê foi até aos transeuntes e não o contrário, assim sem necessitar desviar do seu itinerário puderam ter contato com arte de forma livre e espontânea. Uma vez que a participação foi um direito de escolha e não uma imposição. Neste sentido, foi apenas um convite à libertação das percepções, impressões, sensibilidade por meio de pinceladas firmes ou leves, espessas ou finas, mas carregadas de sentidos.

Pinceladas Artísticas

http://www.youtube.com/watch?v=_43cqDCAJ1w

domingo, 7 de novembro de 2010

Convite


Convido os professores e colegas para participarem do desenvolvimento do Projeto "Pinceladas Artísticas a realizar-se dia 21 de novembro, das 8h às 12h na Feira Coberta de Quirinópolis.